quinta-feira, 5 de abril de 2012

FELIZ PASCOA!!!!!!









O Coelho da Páscoa (Conto Russo)

(Conto russo recontado por Christa Glass)
Era uma vez um pai coelho de Páscoa e uma mãe coelha de Páscoa que tinham sete filhos. Ao aproximar-se a época da Páscoa, eles resolveram testar os coelhinhos para ver qual deles era o verdadeiro “coelho de Páscoa”.
A mãe pegou uma cesta com sete ovos e pediu para que cada filho escolhesse um para esconder.
O mais velho pegou o ovo dourado e saiu correndo por campos e montes até chegar ao portão da escola, mas deu então um salto tão grande e tão apressado que caiu de mau jeito quebrando o ovo. Esse não era o verdadeiro coelho de Páscoa.
O segundo escolheu o ovo prateado e pôs-se a caminho. Ao passar pelos campos encontrou a raposa. Esta queria comer o ovo e pediu-o ao Coelho. Ele não lhe quis dar. A raposa prometeu-lhe então uma moeda de ouro, conseguindo assim que o coelho a seguisse até sua toca. Chegando lá, a raposa escondeu o ovo e, com cara feia, mostrou os dentes como se quisesse comer o assustado coelhinho que saiu correndo o mais que pôde. Esse também não era o coelho de Páscoa.
O terceiro escolheu o ovo vermelho e pôs-se a caminho. Ao atravessar o campo encontrou-se com outro coelho e pensou: “Ainda tenho muito tempo. Vou lutar um pouco com ele”. Os dois coelhos lutaram e rolaram tanto pelo chão que amassaram o ovo. Também esse não era o verdadeiro coelho de Páscoa.
O quarto pegou o ovo verde e pôs-se a caminho. Quando passava pela floresta ouviu o chamado da Pega (1) que, pousada no galho de uma árvore, gritava: “Cuidado! A raposa vem vindo!”. O coelho assustado olhou à sua volta procurando um lugar para esconder o ovo.
- “Dá-me o ovo que eu o esconderei em meu ninho”, disse a Pega. O coelho deu-lhe o ovo mas, percebendo que não havia raposa alguma quis o ovo de volta. A Pega respondeu maldosamente: ”O ovo está muito bem guardado no meu ninho. Vem buscá-lo se quiseres”. Esse também não era o verdadeiro coelho de Páscoa.
O próximo escolheu o ovo cinzento. Quando ia andando pelo caminho chegou a um riacho. Ao passar pela ponte viu-se espelhado nas águas. Ficou tão encantado com sua própria imagem que se descuidou do ovo indo este se espatifar numa pedra. Esse também não era o coelho de Páscoa.
O outro coelhinho escolheu o ovo de chocolate e pôs-se a caminho. Encontrou-se com o esquilo que lhe pediu para dar uma lambida no ovo. - “Mas este ovo é para as crianças”, disse o coelho.
O esquilo insistiu tanto que o coelho deixou que ele desse uma lambida no ovo. O esquilo achou-o tão gostoso que o coelhinho resolveu dar também uma lambidinha. Lambida vai, lambida vem, os dois acabaram comendo o ovo. Esse também não era o coelho de Páscoa.
Chegou então a vez do mais jovem. Ele escolheu o ovo azul. Quando passou pelo campo, veio-lhe ao encontro a raposa, mas o coelho não entrou na conversa dela e continuou o seu caminho. Mais adiante encontrou o outro coelhinho que queria lutar com ele, mas ele não parou. Continuou caminhando até chegar à floresta. Ouviu os gritos da pega - “Cuidado! A raposa vem vindo!”. O coelho não se deixou enganar e continuou seu caminho. Chegou então ao riacho e cuidadosamente atravessou a ponte sem olhar para sua imagem refletida na água. Encontrou-se mais adiante com o esquilo mas não lhe permitiu lamber o ovo, pois este era para as crianças.
Chegou assim até o portão da escola. Deu um salto nem curto nem longo demais, chegando ao outro lado sem danificar o ovo. Procurou um esconderijo adequado no jardim da escola onde guardou cuidadosamente o ovo. Esse era o verdadeiro “Coelho de Páscoa”!







(1) Ave que vive na Europa e que leva objetos cintilantes para seu ninho






Um pouco de história...

As origens do termo
A Páscoa é uma das datas comemorativas mais importantes entre as culturas ocidentais. A origem desta comemoração remonta muitos séculos atrás. O termo “Páscoa” tem uma origem religiosa que vem do latim Pascae. Na

Grécia Antiga, este termo também é encontrado como Paska. Porém sua origem mais remota é entre os hebreus, onde aparece o termo Pesach, cujo significado é passagem.



Entre as civilizações antigas
Historiadores encontraram informações que levam a concluir que uma festa de passagem era comemorada entre povos europeus há milhares de anos atrás. Principalmente na região do Mediterrâneo, algumas sociedades, entre elas a grega, festejavam a passagem do inverno para a primavera, durante o mês de março. Geralmente, esta festa era realizada na primeira lua cheia da época das

flores. Entre os povos da antiguidade, o fim do inverno e o começo da primavera era de extrema importância, pois estava ligado a maiores chances de sobrevivência em função do rigoroso inverno que castigava a Europa, dificultando a produção de alimentos.



A Páscoa Judaica
Entre os

judeus, esta data assume um significado muito importante, pois marca o êxodo deste povo do Egito, por volta de 1250 a.C, onde foram aprisionados pelos faraós durantes vários anos. Esta história encontra-se no Velho Testamento da Bíblia, no livro Êxodo. A Páscoa Judaica também está relacionada com a passagem dos hebreus pelo Mar Vermelho, onde liderados por Moises, fugiram do Egito.
Nesta data, os judeus fazem e comem o matzá (pão sem fermento) para lembrar a rápida fuga do Egito, quando não sobrou tempo para fermentar o pão.




A Páscoa entre os cristãos
Entre os primeiros

cristãos, esta data celebrava a ressurreição de Jesus Cristo (quando, após a morte, sua alma voltou a se unir ao seu corpo). O festejo era realizado no domingo seguinte a lua cheia posterior al equinócio da Primavera (21 de março).
Entre os cristãos, a semana anterior à Páscoa é considerada como Semana Santa. Esta semana tem início no Domingo de Ramos que marca a entrada de Jesus na cidade de
Jerusalém.



A História do coelhinho da Páscoa e os ovos
A figura do
coelho está simbolicamente relacionada à esta data comemorativa, pois este animal representa a fertilidade. O coelho se reproduz rapidamente e em grandes quantidades. Entre os povos da antiguidade, a fertilidade era sinônimo de preservação da espécie e melhores condições de vida, numa época onde o índice de mortalidade era altíssimo. No Egito Antigo, por exemplo, o coelho representava o nascimento e a esperança de novas vidas.
Mas o que a reprodução tem a ver com os significados religiosos da Páscoa? Tanto no significado judeu quanto no cristão, esta data relaciona-se com a esperança de uma vida nova. Já os ovos de Páscoa (de chocolate, enfeites, jóias), também estão neste contexto da fertilidade e da vida.A figura do coelho da Páscoa foi trazido para a América pelos imigrantes alemães, entre o final do século XVII e início do XVIII.




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